Com o fim dos palácios, as aldeias camponesas se livraram dos impostos e ganharam maior autonomia. Em cada uma dessas aldeias vivia uma grande família, formada não apenas por pai e mãe mas também por primos, tios, filhos, avós etc. Essa grande família era chamada de genos. Cada genos procurava produzir todo o necessário para a sua sobrevivência sem ter de precisar dos outros.
Os genos tinha também um líder político e religioso (o basileus), que entregava aos camponeses um terreno. Mas, para ter direito a cultivá-lo, os camponeses deviam entregar ao basileus uma parte da colheita. O basileus era responsável pela proteção do genos; para isso tinha um grupo de guerreiros bem armados e treinados.
Por volta do século X a.C., porém, conforme pesquisas arqueológicas, ocorreu um uso cada vez maior dos instrumentos de ferro e com isso se pôde produzir mais e melhor, o que provocou um aumento crescente da população. Lá pelo final do século IX a.C., a paz relativa em que viviam os gregos desapareceu e começaram os conflitos por terra no interior dos genos. As rivalidades aumentavam e a solidariedade diminuía. A solução encontrada foi dividir as terras dos genos.
A divisão foi feita segundo o grau de parentesco e prestígio. Assim, os mais próximos do basileus ficaram com as maiores faixas de terras e as mais férteis; os mais ou menos próximos ficaram com as faixas de terras menores; e os mais afastados, que eram a maioria, ficaram sem terra.
Surgiram assim três grupos sociais: o dos grandes proprietários, o dos pequenos proprietários e o dos camponeses sem terra. Parte dos que ficaram sem terra passou a trabalhar para os grandes proprietários, e os outros tornaram-se artesãos (sapaterios, carpinteiros, oleiros etc.).
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