quarta-feira, 7 de outubro de 2009

A história da caverna



Platão usou um recurso para apresentar seu pensamento. Imaginou uma caverna onde um grupo de pessoas vivia acorrentado desde a infância. Como o grupo estava acorrentado de costas para a saida só conseguia enxergar o fundo da caverna. Na caverna havia uma fogueira, o que permitia ao grupo ver apenas as sombras das coisas que passavam às suas costas.

Um dia, um desses prisioneiros foi libertado e levado para fora da caverna.

Inicialmente, por não estar acostumado à luz do dia, ficou quase cego. Depois, aos poucos, começou a ver verdadeiros objetos. E pôde, então, enxergar a beleza de um dia ensolarado, com toda a sua variedade de formas, sons e cores. Empolgado, resolveu voltar à caverna para contar tudo aos companheiros.

Para Platão, este homem pode ser comparado aos filósofos em seu trabalho de ensinar a verdade às outras pessoas. Essa história era uma forma de Platão dizer que o que vemos no mundo dos fenômenos é apenas a "sombra" da verdade que habita o mundo das ideias.

Eureka!



Arquimedes nasceu em Siracusa por volta de 285 a.C., tendo vivido até 212 a.C. Foi um dos mais brilhantes alunos da famosa escola de Alexandria. Suas grandes contribuições à Matemática, à Geometria, à Aritmética e à Física foram fundamentais para o desenvolvimento desses campos de conhecimento.

A ele são atribuídas importantes invenções, como o parafuso e a roda dentada. Conta-se que ele tomou parte ativa na defesa da invasão da sua cidade pelos romanos e que teria provavelmente incendiado os navios do inimigo com espelhos refletores.

Certamente, sua descoberta mais conhecida é a lei sobre a perda de peso que os corpos sofrem ao serem submersos em água. Partindo desse príncipio, esse sábio teria auxiliado o rei de Siracusa a descobrir uma trapaça de que fora vítima ao encomendar uma coroa de ouro puro.

Conta-se que Arquimedes chegou a esse príncipio enquanto banhava-se e, entusiasmado, saiu correndo nu de sua casa, gritando: Eureka! Eureka!, que em grego quer dizer: "Achei! Achei".

Ciências

As ciências, especialmente a Astronomia, a Geografia, a Matemática, a Medicina e a Física tiveram extraordinário desenvolvimento nas terras conquistadas por Alexandre Magno. No império de Alexandre ocorreu, como vimos, o entrelaçamento da cultura grega com a oriental, fato que deu origem à cultura helenística.




A cidade de Alexandria, no Egito, foi um dos principais centros de reunião de sábios orientais e gregos. Entre os cientistas helenísticos mais importantes estão Aristarco, Euclides e Arquimedes.

Aristarco lançou a hipótese de que a Terra gira em torno do sol muitos séculos antes que essa teoria fosse comprovada. Euclides produziu importantes conhecimentos no campo da geometria e Arquimedes foi um notável físico e matemático.


Filosofia

O clima de liberdade e debates políticos existente na maioria das cidades gregas favoreceu o aparecimento de estudiosos, conhecidos mais tarde como filósofos.

Estessábios esforçavam-se para encontrar explicações para tudo o que existe. Desse esforço dos antigos gregos nasceu a Filosofia, que em grego quer dizer "amor à sabedoria". Entre os principais filósofos gregos da época, estão Sócrates (470-399 a.C.), Platão (427-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.).

Sócrates não deixou nada escrito. Suas principais ideias chegaram até nós por meio de seu discípulo Platão. O método usado por Sócrates era dialogar com as pessoas sobre o assunto que elas acreditavam conhecer. Em seguida, por meio de perguntas inteligentes, ele mostrava que as "verdades" em que o outro acreditava eram ilusórias.

Ao inicar um diálogo, Sócrates dizia: "Só sei que nada sei". Com isso, ele estava dizendo que o ponto de partida para conhecer um assunto é reconhecer que o ignoramos. O passo seguinte do seu método era formular um conceito daquilo que estava sendo debatido. Ele se preocupou com a construção dos conceitos de justiça, de beleza, de felicidade.

Por sua coragem em discutir os assuntos nas ruas e em praça pública, Sócrates logo tornou-se muito conhecido em Atenas. Isso lhe trouxe um sério problema: foi acusado pelos governantes de corromper os jovens com suas ideias e de não crer nos deuses da cidade. Assim, por nã concordar com a moral religiosa vigente, Sócrates foi condenado e morto.

Platão, aluno de Sócrates, fundou em Atenas uma escola de filosofia chamada Academia. Assim como seu mestre, Platão também se preocupou com questões morais. Para ele só seria possível melhorar a moral dos individuos se reformássemos também a sociedade.



Platão foi o criador da palavra ideia (eidos). Para ele havia o mundo dos fenômenos (ilusório) e o mundo das ideias universais (verdadeiro). Esse mundo das ideias é habitado pelas ideias universas de Verdade, Bondade, Bem, Felicidade, Coragem, Justiça. A mais importante de todas, para Platão, é a ideia de Bem.

Platão era totalmente contrário à democracia ateniense, pois, segundo ele, o homem comum não estava preparado para governar e era incapaz de tomar decisões políticas apropriadas. Para ele, os filósofos é que deveriam governar a cidade.

Aristóteles foi aluno de Platão e frequentou durante muito tempo a sua Academia. Ele dedicou-se aos mais diferentes campos de conhecimento. Produziu trabalhos importantes na área da física, da botânica, da zoologia, da química, da astronomia e da política.

Aristóteles rejeitava o mundo das ideias criado por Platão e considerava que só é possível verificar a validade de uma ideia por meio da experiência. Para Aristóteles o homem é um "animal político", ou seja, para ele, mais importante do que a família é o convívio humano em sociedade; enfim, a participação na política da cidade.

Por sua contribuição variada e rica, Aristóteles é considerado um dos mais influentes filósofos gregos.

A preocupação dos gregos em refletir constantemente sobre o mundo e os seres humanos contribuiu bastante para o avanço da ciência.